Manhã ensolarada no Parque das Nações

Muitas coisas (chatas) aconteceram no mês que antecedeu o meu aniversário. Não foi um período simples e um dos obstáculos que tive de enfrentar foi o sumiço de um dos meus cartões de memória.

Sim, objetos podem ser facilmente substituídos quando perdidos, sei disso, mas aquele cartão de memória em especial estava recheado de fotos de momentos que amei ter vivido e ainda não tinha transferido as imagens para o computador. Essas coisas eu não poderia ter de novo. Não há dinheiro nessa vida que pudesse pagar as fotografias desaparecidas.

Eis que hoje encontrei o tal cartão e, consequentemente, todas as fotos armazenadas nele *-* Fiquei tão, tão, tão feliz que não me contive. Tem post novo sim, e tem post com lembranças boas ❤

O Parque das Nações Indígenas é um dos meus lugares preferidos de Campo Grande. Ele já apareceu no PD,N! nesse post aqui e agora vou apresentar a vocês outro ambiente desse ponto turístico que ocupa um espaço de 119 hectares.


Wanderson queria muito andar de patins. Sabendo que lá no Parque das Nações tem pistas apropriadas pra esse lazer, ele e Hellen combinaram de passar uma manhã por lá e me chamaram pra aproveitar esse momento.


Fiquei surpresa com o movimento. Já tinha assistido um campeonato de skate lá no ano passado, então sabia que as pistas são bastante frequentadas pelo pessoal que gosta de andar de skate, patins, bicicleta e até patinete, mas não imaginava que tantas pessoas apareciam lá tão cedo.

Pelas fotos não dá pra sentir que o lugar tava cheio, mas tava sim. Eu é que tava com vergonha por fotografar um pessoal que nunca tinha visto na vida, então acabei me contendo hahaha



O movimento não foi a única coisa que me surpreendeu. Não sou muito fã de tereré, mas acabei me rendendo a essa bebida típica daqui do estado e tomei alguns golinhos na companhia de Hellen enquanto Wanderson patinava.


E pra fechar, um dos clicks de Wand. É tão raro eu aparecer em alguma foto!

Que manhã gostosa e que alegria por saber que consegui recuperar os registros desse dia ❤ Só acho que deveríamos repetir a dose logo, hein, babys!

Muito obrigada pelas lembranças ❤

Aceita um capuccino?

Ir ao mercado comprar capuccino sempre dá um aperto no peito. Encontro nas prateleiras vários sabores e marcas dessa bebida maravilhosa, mas o preço dificilmente muda entre uma e outra e este, infelizmente, não é tão gostoso quanto a mercadoria.

Como é complicado pagar quase dez reais em um pote de 200g (essa quantidade não dá nem pro cheiro, poxa) com frequência, aqui em casa nós decidimos preparar o nosso próprio capuccino. É super fácil de fazer, sai bem mais em conta, rende muito e é tão gostoso quanto aqueles que compramos prontos. Se você tá afim de aprender como faz, continue lendo o post ❤



– 100g de café solúvel
– 200g de leite em pó
– 200g de achocolado
– 500g de açúcar refinado
– Uma colher de sopa rasa de bicabornato de sódio



Todos os ingredientes são secos, então basta colocá-los em um recipiente e misturá-los com uma colher. Aqui em casa nós costumamos intercalar por cores: primeiro um branco, depois um marrom, branco, marrom. Mexe, mexe, mexe e tá pronto.

O bom dessa receita é que ela é bastante adaptável. Se você prefere um capuccino menos doce e com o sabor do café mais acentuado, basta diminuir/aumentar a quantidade desses ingredientes quando for fazer. Acrescentar canela também é uma opção.

Essa receita que apresentei a vocês encheu um pote de 2 litros e, com exceção do café solúvel, restou ingredientes pra mais um pote. Fazendo os cálculos, essa belezura pra lá de gostosa custou R$ 12,50 e dura pra caraaaaaaca. Agora com licença, pessoal, que tá na hora de beber o capuccino que acabei de preparar!

Arte em tela!

Era noite de sexta-feira, 15 de maio. Até então já tinha passado quase doze horas dentro de aviões e aeroportos, ficado um tempinho no prédio da UEMA, experimentado uma pizza pra lá de gostosa e conhecido dois jogos de tabuleiro. Sabia que meu primeiro dia em São Luís estava chegando ao fim, mas não imaginava que ele ainda tinha uma surpresa guardada.

“Quer pintar amanhã?”, foi o que Mendi me perguntou.

Além de desenhar ilustrações lindas e fofas como essas aqui presentes no PD,N!, a moça também faz arte com a pintura (você pode conferir mais do trabalho dela aqui), mas quando embarquei para SLZ nem se passou pela minha cabeça que ela me daria a oportunidade de me aventurar com as tintas também.

Mendi começou a me explicar como seria no dia seguinte, caso eu aceitasse o convite. Acordaríamos cedo e o desafio seria pintar uma tela inteira ao longo da manhã. Conforme escutava, a empolgação mesclada ao receio de fazer cáca ia se aproximando e ocupando um baita espaço aqui dentro, mas o primeiro sentimento, percebi, era bem mais forte do que o outro.

Sim, eu queria pintar.

Encontramos uma tela em branco ao lado do cavalete de Mendi quando chegamos na Morada das Artes, e pregado a ela estava esse recado pra lá de fofo. Achei tão atencioso da parte do pessoal ter tomado esse cuidado ;-;

Recebi, então, as primeiras coordenadas do que teria de fazer. Antes de qualquer coisa eu deveria escolher o que pintaria – lá eles tem várias revistas inspiradoras -, depois desenharia no papel a imagem selecionada para treinar o traço e, quando estivesse segura, faria o desenho na tela para finalmeeeeente começar a pintar.

Queria algo com significado. Aquela seria a minha primeira tela da vida e me deu uma vontade enorme de retratar uma figura especial, com elementos que representam algo pra mim. Não demorei para pensar na paisagem de um pôr-do-sol na praia. Procurei nas revistas uma ilustração que se encaixasse nisso, buscando, também, um desenho simples. A pessoa aqui não tem nenhuma experiência nessa arte, então de nada adiantaria pegar uma coisa cheia dos detalhes.

Soube de imediato que iria pintar aquela imagem quando encontrei o pôr-do-sol com palmeiras e mar em uma das revistas. Nela tinha tudo o que eu estava buscando, então logo comecei a passar aquilo para o papel.

Olha pra figura. Desenha. Olha de novo. Desenha. Dá mais uma conferida no modelo e lá vai mais um traço no sulfite. Encarei a tela quando pensei que já tava ok, tentando me convencer de que estava pronta para fazer a mesma coisa nela.


O receio de fazer cáca voltou. Pensava no quanto eu não queria desperdiçar o material de Mendi enquanto orientava o grafite na superfície branca, e eu sentiria que tava jogando tinta fora se não conseguisse. Isso somado à insegurança de nunca ter pintado nada com pincel começou a me deixar apreensiva. Admito que ali o medo tomou forma.

Mendi, o pai dela e os professores me deram toda a segurança possível e quando assustei, lá estava amarelo, laranja, vermelho e marrom diminuindo cada vez mais o branco. No início eu tomava cuidado de não preencher os espaços onde ficariam as palmeiras e o pedacinho de terra. Pensava que se a tinta invadisse esses cantos, a tela poderia não ficar como eu queria e estragaria tudo, mas logo vi que isso não seria um problema.

As instruções e ajuda vinham sempre que precisava delas. Achei tão lindo ver a habilidade do pessoal! Eles seguravam o pincel com firmeza, precisão, e quando posicionavam na tela as cerdas melecadas de tinta a óleo tudo fluía muito rápido, a cor aparecia exatamente como deveria. Aos poucos fui confiando mais em mim, aumentando também a velocidade com a qual eu pintava, o degradê surgindo diante dos meus olhos cada vez mais rápido.


Não vi o tempo passar enquanto pintava, mas o relógio não foi a única coisa que esqueci ao longo do processo. Nem lembrei de pegar a câmera ou o celular pra registrar cada passo, simplesmente porque toda a minha atenção tava ali, na pintura.

Antes do almoço quase tudo estava pronto, faltava apenas algumas folhas das palmeiras (eta parte complicada essa! Tá vendo aquela toda bonita, a mais separada de todas? aquela não foi obra minha, não!). Mas ela estava ali, praticamente finalizada, tudo graças ao apoio e auxílio que me deram durante toda a manhã. Os últimos retoques foram feitos quando voltamos do almoço.




Não sei quem são os autores dos trabalhos que aparecem nas primeiras fotos, mas a terceira foi feita pelo tio Emílio e a quarta, a pintura que Mendi finalizou naquele sábado.

Hoje fazem dois meses desde que essas coisas aconteceram. Além das lembranças, ficaram também as saudades de um dia incrível e a gratidão por toda a ajuda vinda dos professores (William e Luis), de Mendi e de tio Emílio! ❤